terça-feira, 3 de março de 2009

A maior acção de salvamento por um único indivíduo durante o Holocausto.



Fig. 1- Aristides de Sousa Mendes




Fig. 2- Família de Sousa Mendes


A 16 de Junho de 1940, o cônsul português em Bordéus, Sousa Mendes, decidiu desobedecer a Salazar e passar vistos a todos os refugiados. "A partir de agora, darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião". Aristides conseguiu passar vistos a 30000 pessoas, que deste modo, conseguiram escapar ao horror dos campos de concentração e da morte. Utilizou todas as folhas de papel disponíveis que encontrava para fazer os vistos aos refugiados. Em cerca de 30000 pessoas, um terço eram judeus. Como é óbvio este acto heróico custou-lhe caro. Salazar, pouco tempo depois, ordenou o seu regresso ao nosso país, demitindo-o dos seus cargos e funções políticas sem direito a reforma. Aristides de Sousa Mendes viria a passar grandes dificuldades financeiras. Acabou por falecer, em 1954, praticamente na miséria.


Fig. 3- Exemplar de um Visto




Fig. 4- Estátua de homenagem a Aristides de Sousa Mendes





"Não sei o que é que o futuro reserva para a vossa mãe, para vocês e para mim mesmo. Materialmente, a vida não será tão boa para nós como tem sido até agora. Contudo, sejamos corajosos e tenhamos em mente que, ao dar a esses refugiados a possibilidade de viverem, teremos uma possibilidade mais de entrar no Reino dos Céus, por que, ao fazê-lo, não faremos mais do que praticar os mandamentos de Deus".
Aristides de Sousa Mendes

Pedro Venâncio